Você sabe o que é dependência química? Quais são as suas causas? E quais as substâncias mais comuns que geram vício no nosso país? Todas essas são perguntas comuns e que têm a conscientização como uma importante resposta.
Por isso, preparamos esta publicação especial sobre o tema, para que você entenda de vez como essa doença funciona. Acompanhe!
O que é dependência química

Você sabe o que é dependência química? De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), ela é o “estado psíquico e algumas vezes físico resultante da interação entre um organismo vivo e uma substância”.
Além disso, a OMS também afirma que ela gera modificações no comportamento, além de outras reações no indivíduo. Assim, ele tem sempre um impulso de continuar utilizando a substância, seja continuamente ou periodicamente, justamente para ter esses efeitos psíquicos.
Ou seja, em palavras mais simples, a dependência química é um vício, e que é capaz de gerar alterações comportamentais, sociais, cognitivas e até mesmo sintomas fisiológicos. Dessa maneira, ela traz complicações ao dependente e para quem convive com ele.
Por isso, hoje em dia a dependência química também é entendida como uma doença. Sendo assim, ela deve ser tratada da forma correta, que é a partir de uma interação multidisciplinar com diversos profissionais.
O dependente não deve ser visto como alguém que tem o vício por falta de caráter ou algo assim. Em vez disso, o ideal é considerar esta pessoa como alguém que tem uma doença e que, portanto, necessita de tratamento para se livrar dela.
Qual é a causa dela
Além de entender o que é dependência química, é necessário dar um passo adiante. Assim, podemos entender não só que ela é uma doença, como também quais são os fatores que podem causá-la ou que aumentam as chances do indivíduo se tornar dependente.
Saiba, primeiramente, que existem diversos fatores. Entre os principais, temos os seguintes:
- Genéticos: atualmente, pesquisas demonstram que há um fator genético no desenvolvimento do quadro de dependência.
- Biológicos: as substâncias que são capazes de gerar o vício agem diretamente no cérebro, numa interação de bastante complexidade entre os neurotransmissores. Com isso, oferece uma espécie de recompensa, de sensação positiva, o que é responsável por fazer que o cérebro queira cada vez mais isto.
- Psicodinâmicos: a psicodinâmica estuda a interação entre o consciente e o inconsciente. Por ela, entendemos que há pessoas que buscam uma saída nas drogas para trazer bem-estar e preencher uma lacuna existente.
Além disso, existem outros motivos pelos quais algumas pessoas começam a utilizar substâncias como estas. Elas estão ligadas a diversos elementos, que passam pelo aspecto social e até por questões emocionais.
Pense, por exemplo, num jovem que está em meio ao seu grupo social, em que há pessoas utilizando das drogas. Infelizmente, muitas vezes há pressão para que todos utilizem estas substâncias, ou então até mesmo pode ser que a pessoa comece a utilizar a droga apenas por curiosidade.
Ademais, dificuldades para lidar com problemas também podem levar ao uso de drogas. Desse modo, este é o caso, por exemplo, de problemas emocionais, como a depressão.
Portanto, há uma complexa interação de fatores que pode ser a causa do uso de substâncias nocivas. É importante entender isso quando falamos sobre o que é dependência química.
Dependência química tem cura?

Antes de mais nada, é imprescindível destacar que a dependência química deve ser diagnosticada e tratada por profissionais qualificados. Por isso, mesmo que você esteja identificando algum fator que está presente em você ou em alguém próximo, não faça nada sozinho sem buscar ajuda profissional.
Isto está ligado também a uma questão mais difícil de lidar, mas que é fundamental compreender, que é essa de se a dependência química tem cura. E a resposta, infelizmente, é a de que não existe uma cura para essa doença.
Em outras palavras, não há qualquer tipo de tratamento que possa eliminar do organismo o vício. O que podemos fazer, então, é aprender a lidar com isso, sobretudo a partir do controle sobre a dependência.
E, aqui, o acompanhamento com profissionais se mostra tão fundamental. Estas pessoas são especializadas e experientes em lidar com diversas pessoas com problemas similares, enquanto os familiares ainda não.
Dessa forma, este acompanhamento clínico deve ser constante com o paciente, e de preferência com o apoio da família, que também é muito importante. Esta é uma doença de todos que estão à volta do dependente.
Além disso, é bom destacar também que, quanto mais cedo for feito o diagnóstico, mais fácil será o tratamento. Em pacientes com um quadro mais avançado, há uma tendência de ser mais difícil e mais demorado, em virtude do vício.
Saiba quais são os vícios mais comuns no Brasil
Por fim, muitas pessoas ainda têm dúvidas com relação ao que caracteriza uma droga e o que pode viciar. Quando falamos sobre o que é dependência química, precisamos também alertar para os vícios mais comuns em nosso país.
Por isso, veja abaixo os principais:
- Álcool: é uma droga legalizada no país, muito comum e que pode ter um efeito devastador. Infelizmente, por ser legalizada, muitos demoram a reconhecer que o alcoolismo.
- Tabaco: a segunda dependência mais comum é ao tabaco, principal substância do cigarro. Por ser uma substância também legalizada, sofre do mesmo problema do álcool, de ser normalizada.
- Maconha: em terceiro lugar, está a maconha, que é uma droga considerada leve, mas que não tem forma segura de consumo.
- Solventes: são substâncias sintéticas que, via de regra, são inaladas, seja pela boca ou pelo nariz. Entre elas, alguns conhecidos são o lança-perfume, o loló e até esmaltes, colas e afins.
- Benzodiazepínicos: são medicamentos, mas que também podem levar ao vício se utilizados da forma indevida.
- Outras drogas: a cocaína, o crack, a heroína, o LSD e tantos outros também são consumidos e levam ao vício, com efeitos nefastos.
Dessa forma, perceba que a dependência química é uma doença que pode ser gerada por diferentes causas, com substâncias diversas e que costuma ter efeitos devastadores para o dependente e para quem é próximo a ele.
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